quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Maratonas

Cada vez estou mais convencida do quanto é importante pormos travões a nós próprios, obrigar-nos a parar, a sair daqui, a desligar daquilo que nos liga ou, pior, que nos eletrifica.
Ontem o meu dia deve ter tido umas 50 horas e eu não reparei. Comecei às 9h certinhas e foi seguido até às 20h30. Quase como trabalhar num serviço de urgência, uma avaliação psicológica, três entregas de relatório, 4 sessões de intervenção. Por mim tinha chegado e teletransportava-me para a cama. Mas nada disso. Viagem direitinha Cascais-Alcântara para uma reunião que comecava as 21h e que acabou às 23.20h. Ok, pronto. Já chega, onde está a minha almofada? Nada disso again. Ruma ao Piazza di Mare e celebra os anos de um amigo (muito amigo) à meia-noite. Quando aterrei na cama pensei que era mentira e é muito provável que tenha adormecido a meio de uma frase.
Alimento-me da recordação do fim-de-semana que passou. Só os dois em Salamanca, aquela cidade inacreditável, em que dormimos e descansamos, visitamos e passeamos. E namoramos. Namoramos muito. Baterias completamente carregadas, barómetro do amor a explodir e esta sensação estranha e leve ao mesmo tempo de que, realmente, com organização, método e força de vontade, tudo nesta vida se articula.

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